segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Pedagogia da Autonomia


             
 


 O autor Paulo Freire em sua obra pedagogia da autonomia aborda diversos conceitos sobre escola ensino e aprendizagem, possibilitando que de maneira prática possamos compreender melhor os caminhos que devemos percorrer na busca de melhoria do ensino aprendizagem em busca de saberes indispensáveis a pratica docente do educador crítico, progressista, alguns deles são igualmente necessários a educadores conservadores, são saberes demandados pela prática educativa em si mesma, qualquer que seja a opção política do educador.
Paulo freire com sua genialidade aconselham que os educadores se posicionem criticamente, questionando, orientando e incentivando aos educandos a pensar e reivindicar seus direitos, influindo na sociedade. Todavia sugere que ao assumir este compromisso, o educador o assuma com ética, amor e alegria por ensinar, porque será das crianças que educamos hoje que partirão as mudanças que renovarão a sociedade brasileira, sendo assim com sua visão renovadora criticava o sistema tradicional de educação, por esse motivo elaborou novos métodos de ensino e lançou várias obras literárias com ricos conteúdos para a área de educação, dessa forma a educação fundamentada na ética, respeito e na dignidade foi uma constante preocupação durante a sua vida como educador e político sendo uma especificidade humana, o ato de educar exige segurança, competência profissional, comprometimento e generosidade. O professor que não leva a sério sua formação, que não estuda, nem se aprimora, não tem força moral para coordenar as atividades de sua classe, todavia, há professores cientificamente preparados, mas autoritários e arrogantes, ou seja, a incompetência profissional desqualifica a autoridade do professor, a autoridade coerentemente democrática quer de si mesma, quer do educando, para a construção de um clima de real disciplina, jamais minimiza a liberdade.
Segundo a concepção do autor, a escola deve ser um ambiente onde haja reciprocidade entre docentes e discentes devendo - se assim ser considerado os conhecimentos prévios dos educandos e sempre que possível, trabalhar seu conhecimento empírico, sua experiência anterior, além de considerar com relevante significância a realidade em que cada um se encontra inserido. Aconselha-se a discussão sobre os problemas sociais que as comunidades carentes enfrentam e a desigualdade que as cercam.

Uma das tarefas essenciais da escola, como centro de produção sistemática de conhecimento, é trabalhar criticamente inteligibilidade das coisas e dos fatos e a sua comunicabilidade. É imprescindível, portanto que a escola instigue constantemente a curiosidade do educando em vez de “amaciá-la” ou “domesticá-la”. É preciso mostrar ao educando que o uso ingênuo da curiosidade altera a sua capacidade de achar e obstaculiza a exatidão do achado. É preciso por outro lado e, sobretudo, que o educando vá assumindo o papel de sujeito da produção de sua inteligência do mundo e não apenas o de recebedor da que lhe seja transferida pelo professor.

As novas descobertas, teorias precisam ser debatidas e aceitas mesmo que parcialmente, contudo é importante que se preserve de alguma forma, o velho, as formas tradicionais de educação. É condenada qualquer forma de discriminação, racial, política, religiosa, de classe social, pois a discriminação nega radicalmente a democracia e fere a dignidade do ser humano. Qualquer discriminação é imoral e lutar contra ela é um dever por mais que se reconheça a força dos condicionamentos a enfrentar. Assim a escola deve ser um ambiente onde se priorize a igualdade e o reconhecimento da identidade cultural  onde o respeito é absolutamente fundamental na prática educativa progressista. Um simples gesto do professor representa muito na vida de um aluno. O que pode ser considerado um gesto insignificante pode valer como força formadora para o desenvolvimento intelectual e acadêmico do educando. O professor que pensa certo, deixa transparecer aos educandos que a beleza de se estar no mundo é a capacidade de perceber que intervindo no mundo ele conhecerá e transformará o mundo. Portanto, ensinar exige bom senso, uma vez que, deve-se observar o quão coerente coeso os educadores estão sendo ao cobrar os conteúdos das suas disciplinas. O exercício ou a educação do bom senso vai superando o que há nele de instintivo na avaliação que fazemos.

Em nossas escolas podemos presenciar um grande avanço no sentido de maior valorização dos alunos, já que  estamos sempre inseridos em processos de formação continuada ,onde a ênfase ao educando e a construção de um ambiente amistoso em nossa sala de aula  é cada vez mais frisado, podemos observar assim que a consolidação da escola democrática  idealizada por Paulo Freire já se encontra em um acelerado processo de desenvolvimento .
Em relação ao ensino, é possível constatar que ele não se esgota no tratamento do objeto ou do conteúdo, todavia se alonga à produção de condições em que aprender criticamente é possível, exigindo a presença de educadores e educandos criativos, investigadores e inquietos, rigorosamente curiosos, humildes e persistentes. Nas condições de verdadeira aprendizagem os educandos e educadores vão se transformando em reais sujeitos da construção e reconstrução do saber ensinado.

Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. E cabe ao professor continuar pesquisando para que seu ensino seja propício ao debate e a novos questionamentos. A pesquisa se faz importante também, pois nela se cria o estímulo e o respeito à capacidade criadora do educando.

Os conteúdos devem ser os mais claros e assimiláveis possíveis lembrando-se do primeiro saber: ensinar não é transmitir conhecimento, nem tampouco amoldar o educando num corpo indeciso e acomodado, mas criar as possibilidades para sua produção ou construção. Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender.

O educador democrático trabalha com os educandos a rigorosidade metódica com que devem se aproximar dos objetos cognoscíveis. Ensinar não se esgota no tratamento do objeto ou do conteúdo, todavia se alonga à produção de condições em que aprender criticamente é possível, exigindo a presença de educadores e educandos criativos, investigadores e inquietos, rigorosamente curiosos, humildes e persistentes. Nas condições de verdadeira aprendizagem os educandos e educadores vão se transformando em reais sujeitos da construção e reconstrução do saber ensinado.  Assim o aluno deixa de ser participante passivo passando a atuar ativamente na construção do seu próprio conhecimento.

Como aspecto principal de sua abordagem pedagógica, constata que “formar” é muito mais que treinar o educando no desempenho das tarefas; Chama a atenção dos educadores formados ou em formação à responsabilidade ética, elucidando-os na arte de conduzir seres à reflexão crítica de suas realidades.

Destaca valores como simplicidade, humanitarismo, esperança e bom senso: aspectos distantes da sociedade atual, onde o capitalismo impera conduzindo as massas ao consumismo desenfreado e a alienação coletiva pelos meios de comunicação. O abandono educacional em que vivem nossas escolas, prende-as a táticas de ensino ultrapassadas e desconexas.
 
Propõe uma humanização do professor enquanto mentor e guia no processo educativo-social, conscientizando os educandos de todas as camadas sociais, sobretudo as de baixa renda, das manipulações políticas que as mantêm sob seu jugo.  

Esta obra se faz imprescindível à condução do corpo discente em prol de uma sociedade mais justa e de valores igualitários; na formação crítica de professores que, além de educar, estarão conscientizando e orientando os futuros cidadãos.

Pedagogia da Autonomia é a obra mais significativa de Paulo Freire, na qual ele expõe o que pode ser necessário para a prática educativa em nosso país.
Quando Freire propõe a construção de um sujeito crítico, ético e político, automaticamente nos impulsiona professores, a aceitar o desafio de sair da mesmice da simples cópia e do ato de repetir cada lição-a proposta de Freire é que aproximemos nossos alunos da sua própria realidade, questionando-a e interagindo com ela. Daí a necessidade de nos manter constantemente bem informados e atentos aos apelos da mídia, da política e do senso comum. Orientando nossos alunos seremos capazes de criar pessoas verdadeiramente mais comprometidas com o social e naturalmente influentes em seu país cidadãos críticos, capazes e íntegros.

De acordo Paulo Freire as aprendizagem do aluno se dão a partir de suas vivencias, na família, sociedade, que são fatores decisivos na construção desse processo com a leitura dessa obra podemos confirmar que principalmente em locais carentes, os educandos devem construir relacionamentos com seus alunos, buscando o propósito de entendê-los e de transmitir conhecimento sem invadir o espaço e cultura de cada membro dessas comunidades, pois, às vezes queremos transmitir algo do nosso modo e esquecemos que o comportamento deles pode ser de aceitação ou rejeição ao que estamos oferecendo, daí, colocamos tudo a perder, inclusive a oportunidade de formar um cidadão.

Como a aprendizagem se dá numa relação de trocas entre professores e alunos, Paulo Freire, nesse livro passa para o educador uma nova visão crítica, questionando e reivindicando seus direitos perante a sociedade, com ética para que nossas crianças participem das mudanças que ocorrem ao longo da vida, tornando-os cidadãos críticos e conscientes.

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